segunda-feira, setembro 20, 2010

Vai Planeta! ... e seus 20 anos

Terra! Fogo! Vento! Água! Coração!




O conteúdo dos programas de televisão sempre foram questionados. Seja a idiotilização no entretenimento ou a erotização dos programas de auditório. Os mais consevadores diriam: "Televisão só tem lixo".

Hoje comemora-se oficialmente os 20 anos do herói que foge às simples histórias de luta contra o bem e o mal. Seu ideal é a preservação do planeta Terra, enfrentando vilões que, para lucrarem, exploram os recursos naturais de maneira irresponsável. Durante o programa, a todo o momento são levantados questionamentos sobre ecologia.






5 jovens de diferentes países foram escolhidos para ajudar a preservar todo o ecossistema terrestre da ganância humana. Cada um ganhou um anel com um poder diferente baseado nos elementos naturais básicos. Qualquer criança alfabetizada entende (ou aprende com o programa) quais são os 4 elementos naturais [Ok. Terra, ar, fogo e água], é o básico da Ciência. Porém o desenho animado vai além. Não basta ter a informação, é preciso trabalhar o sentimento, amar e respeitar o planeta e seus recursos. Foi incluído, então, o poder "coração", dado ao personagem Ma-Ti, teoricamente representando o Brasil por fazer parte de uma tribo de índios caipós. Ao unirem seus poderes, criam o poderoso Capitão Planeta.





Ao público infanto-juvenil há muito o que se oferecer como concientização. Os episódios são ambientados tanto em florestas quanto em centros urbanos, neste caso valorizando também a relação social, aumentando ainda mais a munição de informação útil e construtiva aos jovens.

É difícil hoje encontrarmos algum programa tratando desse tema em horário e canal comercial. A futilidade, a violência e o entretenimento ôco tomam conta da grade televisiva. Se há algum suspiro de culutra hoje em dia, conseguimos achar em canais como o Tv Futura, que além de uma programação diversificada e rica, exibe também o Capitão Planeta.


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-> Conheça a Fundação Capitão Planeta

O Invasor (Bed Intruder)

Hoje você pode ser um anônimo dando uma entrevista para o Jornal Nacional. Amanhã um cantor de rap sem nunca ter participado de qualquer produção com este fim.

Enquanto Dodd dormia, um ladão invadiu seu apartamento pela janela do quarto. Ao acordar vendo o ladrão, chamou seu irmão para ajudá-la. Parece que o ladrão e o "nosso herói" brigaram e o invasor fugiu pela janela.





Junte talento, tecnologia, música e a performance totalmente espontânea e despretensiosa de um (até então) anônimo postada no Youtube. Pronto. Se alguém queria a fórmula do sucesso, talvez esteja no caminho certo.

Entenda:





... claro. E um pouquinho de falta do que fazer.

Só encontrei uma palavra para definir. GENIAL!

terça-feira, setembro 14, 2010

Geração inteligente... e superficial?

Quanto tempo para postar algo novo por aqui. Preguiça, correria, falta de foco, acúmulo de tarefas. Opa! "... falta de foco..." é exatamente o que ajuda a definir a questão.

Há muita informação o tempo todo. Você talvez queira muito saber a resposta de um email para, assim, talvez, aproveitar o exato momento que foi respondido e pegar o emissor ainda online, enquanto lê o portal de notícias preferido, limitando-se aos leads e ao "miolo da fruta". Clica no botão de atualizar do Twitter (se não usa um programa que faça isso por você) a cada 10 ou 15 segundos, divulga lá o link que achou interessante naquele portal que estava lendo. Clica em outros links retwittados, abrindo algumas abas do seu navegador. O msn do(a) seu(sua) melhor amigo(a) pisca perguntando sobre as novidades, sendo respondido imediatamente. No meio da resposta empolgada reclamando do chefe ou da sua mais nova empreitada, diz "... e estou esperando a resposta de um email." Aí é que se dá conta de que o objetivo de estar ali é para saber a resposta do email tão esperado, que por pouco ficou esquecido. E lá está ele aguardando a sua leitura há 20 minutos.



Quem é leitor da revista Galileu, sabe que algumas matérias estão ali para gerar polêmica entre os leitores e suas diferentes visões sobre os assuntos tratados, muitas vezes bastante radicais no quesito "levantadores de discórdia". Acho bom pois gera interação, carta (email) dos leitores e posts como este em blogs. A tal da mídia espontânea.

Pois bem. Saiu uma matéria na capa da Galileu de agosto/2010 (n° 229) [sim, faz tempo, mas isso se explica nas três primeiras linhas do começo deste texto] bem enfática: "A internet está deixando você mais burro".

Sem querer ser moralista-conservador-quadradão ou liberalista-deixa-a-vida-me-levar, pensei bastante sobre o tema e o conteúdo apresentado defende muito bem o título gritante da capa. Vale uma reflexão. A começar pelos vários sons de mensagens e coisas piscantes na sua tela enquanto lê este post, o qual escrevi tendo também todos esses elementos ao redor do meu foco principal de visão. Não vou entrar nos detalhes, pois isso já foi bastante falado em outros sites, na própria revista e nos comentários dos leitores na edição de setembro. Mas vale lembrar que MSN, TWITTER, ORKUT, EMAIL, LINKS e suas ABAS são os principais vilões. Se você ainda inclui a TV nessa lista então... xiiiih.

As referências citadas na matéria me fizeram entender o problema. Nicholas Carr e Gary Small se destacam com argumentos simples e bastante pertinentes. Há de se convir que textos muitos grandes [um tiro no pé eu falar isso] são cada vez mais rejeitados na rede. São cansativos e mais propensos a todos os tipos de interferência que tirem a atenção do leitor.

Estamos ficando [e somos exigidos a isso] cada vez mais adaptados a tantas informações ao mesmo tempo. Nossa capacidade de adaptação é muito grande. O ser humano é naturalmente adaptável ao meio [principalmente quando não temos escolha]. Mas muita informação não pode ser, também, informação nenhuma? Aquela pergunta clássica "Você lembra o que você comeu ontem?" pode ser editada para "Você lembra o que retwittou hoje?". Queremos saber de tudo o que está acontecendo e não nos damos tempo para refletir sobre tais acontecimentos. Em época de BBB a coisa é diferente. Parece temos uma só informação por todos os lados a 360° [agora sim você entendeu o tamanho do problema, rs].

Vemos muitos links "interessantes" em diversos sites e ao final lembramos de tudo o que lemos? Gary Small diz que quanto mais hiperlinks no meio de um texto, menor é a compreensão, pois dividimos nosso foco entre a tomada de decisão em clicá-los ou não e o conteúdo lido. Esse prejuízo na compreensão seria maior do que a interferência de outros programas. Nichlas Carr afirma que a internet está nos deixando com menos capacidade de pensamento crítico.

A matéria vai para questões mais científicas, por exemplo quanto ao aprendizado e o reforço das informações no cérebro por meio de novas ligações neurais, o que, ao que parece, dificilmente acontece enquanto estamos conectado com tanta informação inteferindo na nossa concentração.




Por fim, algumas dicas são dadas nessa edição da Galileu para tentarmos achar um eixo no meio de tamanha turbulência informativa. Eu resumo assim:

- Defina horários para usar o Twitter e o email. Por questões de concentração em tarefas mais importantes, produtividade e até mesmo estresse.

- "Arranque as distrações da tela". Todos os links e imagens que acabam tirando a sua concentração podem ser ocultados usando o Readability

- Procure sair do quarto, escritório, sala por alguns momentos. Procure lugares ao ar livre mais tranquilos, ou olhe por um tempo pela janela. Observe o movimento, a paisagem, abstraia um pouco.

- Tenha sempre um bom livro na mochila ou na bolsa. Leia algo diferente nos tempos vagos. Recomendo na ida e na volta do trabalho (escola ou faculdade também estão valendo).

- Tente desconectar totalmente. Algum dia da semana 100% sem internet não irá te trazer qualquer malefício. Fim de semana é perfeito ou use pelo menos o indispensável como o email do trabalho.



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Fonte:

-> Galileu - Agosto de 2010 - Número 229